segunda-feira, 15 de março de 2010

Síntese Coletiva

De acordo com o texto do Carlos Roberto Jamil Cury, “A Educação Básica no Brasil”, a sociedade não sentia necessidade dos conhecimentos científicos. Com o período industrial, fez-se necessário o implante de mão-de-obra especializada, profissional e com isso a necessidade de conhecimentos específicos. A alfabetização, então, tornou-se fundamental, economicamente. A sociedade sentiu a importância do saber, da educação, enfim, da alfabetização. Dessa forma pode perceber que a presença da escola na vida das pessoas não pode ser separada dos processos culturais, dos valores socioeconômicos, do interesse das classes e do governo. Porque ela não é um fenômeno neutro, ela sofre os efeitos da ideologia, por estar de fato envolvida na política.

A Constituição do Brasil faz referência à educação no seu artigo 6º do capítulo II desde o Império, embora isso ainda não seja uma lei cumprida. Esse direito além de garantir a cidadania, permite que uma sociedade evolua sócio-política e economicamente. Atualmente é garantido por lei o acesso de todos à educação escolar em quase todos os países. Essa educação básica faz-se necessária para a formação de cada cidadão na construção de uma sociedade melhor. O ensino profissional é essencial para a inserção dos cidadãos no mercado de trabalho, garantindo o crescimento da sociedade. Este princípio é indispensável para as políticas que visam à participação de todos nos espaços sociais e políticos e profissionais.

A figura do direito tem como correlato a figura da obrigação. Todos têm direito a essa educação, porém pode-se observar que muitos não têm acesso a esse ensino, ou têm um ensino de pouca qualidade. Cita-se como exemplo a falta de condições em muitas regiões do país, principalmente norte e nordeste. Além da falta de infra-estrutura em algumas unidades escolares.

No ambiente escolar nota-se que os métodos pedagógicos e a disposição espacial das pessoas e objetos mostram ainda as distintas relações entre professores e alunos, que se mantém desde a chamada escola tradicional.

A arquitetura escolar é planejada por arquitetos ou engenheiros, sem nenhuma participação de seus futuros usuários. Mas as necessidades de um determinado grupo social parecem fundamentais, como aos portadores de deficiência física que sofrem com as barreiras colocadas por essa arquitetura. Diferentes grupos sociais têm diferentes modos de relação com o espaço e devem-se levar em consideração as diferenças para que não excluamos nenhum cidadão, portanto uma melhoria nas arquiteturas das escolas formara um espaço que abrigue uma relação de igualdade humana e social. Infelizmente é notável que quanto mais longe dos centros urbanos mais pobres são as escolas em sua arquitetura

As classes que governavam se preocupavam mais com seus interesses exclusivos do que com projetos que englobavam melhorias sociais para gerar igualdade a todos. Isto explica o grande número de pessoas que não sabem ler nem escrever ou que possui pouca escolaridade. A pirâmide educacional com a da distribuição de renda estão muito próximas.


"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."

( Paulo Freire )

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